Abstenção supera 50% no Concurso Público Nacional Unificado, com 1 milhão de participantes
Neste domingo (18), o Concurso Público Nacional Unificado (CNU), o maior já realizado no Brasil, registrou a participação de cerca de 1 milhão de candidatos, de um total de 2,14 milhões de inscritos. A abstenção, portanto, ultrapassou os 50%, conforme balanço preliminar apresentado pela ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck.
De acordo com a ministra, a elevada taxa de abstenção estava dentro das expectativas, considerando a magnitude do certame. "Comparando com outros concursos desse porte, o percentual ficou dentro do esperado", disse Esther Dweck. Ela também destacou que o Distrito Federal teve a menor taxa de abstenção, enquanto o Ceará registrou a maior.
A ministra explicou que a maior parte das ausências ocorreu entre candidatos que concorriam a vagas de ensino médio, enquanto os inscritos para cargos de nível superior tiveram maior presença. "O bloco de ensino médio, com maior concorrência, apresentou a maior taxa de abstenção. Já nas áreas de conhecimento como ambiental, agrária e biológica, os percentuais de abstenção foram menores", avaliou.
Apesar das ausências, a ministra celebrou a participação de 1 milhão de candidatos, ressaltando o impacto do CNU para a renovação do serviço público no Brasil. "Nosso objetivo é refletir a diversidade do Brasil no serviço público, e esse concurso é um passo importante nessa direção", afirmou.
O CNU foi realizado em 228 cidades de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal, com a oferta de 6.640 vagas em 21 órgãos federais. As provas, que inicialmente estavam marcadas para 5 de maio, foram adiadas para agosto devido às fortes chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul. A ministra Dweck afirmou que o adiamento teve pouco impacto na abstenção, uma vez que o governo permitiu que os candidatos que desistissem tivessem a taxa de inscrição devolvida.
O certame transcorreu sem grandes problemas, com apenas 0,2% dos locais de prova registrando ocorrências, que, segundo a ministra, não comprometeram a aplicação do concurso. Cerca de 500 candidatos foram eliminados por infringirem as regras do edital, como sair da sala levando o caderno de questões, o que é proibido.
O advogado-geral da União, Jorge Messias, presente na coletiva, destacou a baixa judicialização do concurso, o que demonstra a segurança e correção na aplicação do certame. O caderno de questões será disponibilizado ainda neste domingo, e o gabarito oficial preliminar será divulgado na próxima terça-feira (20). O resultado final está previsto para ser divulgado em 21 de novembro.
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