A presidência da COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, apresentou nesta sexta-feira (22) um esboço de acordo climático que prevê que países desenvolvidos contribuam com US$ 250 bilhões por ano até 2035. O montante será destinado ao financiamento de medidas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas em escala global.
O rascunho também estabelece uma meta mais ampla de arrecadação anual de US$ 1,3 trilhão até 2035, envolvendo recursos de fontes públicas e privadas. O objetivo é aumentar o apoio financeiro às nações mais vulneráveis, que enfrentam os maiores desafios em adaptação e mitigação climática.
Dificuldades na negociação
Embora o esboço sinalize um avanço, ele gerou controvérsia entre os negociadores. Um representante europeu, ouvido pela Reuters, considerou o valor proposto alto e criticou a falta de mecanismos para ampliar a base de países contribuintes. "Ninguém se sente confortável com o número, porque ele é alto e não há quase nada sobre o aumento da base de contribuintes", afirmou.
As discussões da COP29 continuam a enfrentar o desafio de equilibrar as demandas de financiamento com a disposição dos países mais ricos em assumir maiores responsabilidades.
Urgência climática
O financiamento climático tem sido um dos principais pontos de debate nas conferências climáticas da ONU. Nações em desenvolvimento cobram maior comprometimento financeiro dos países industrializados, que historicamente são os maiores emissores de gases de efeito estufa.
A proposta apresentada na COP29 busca não apenas ampliar os recursos disponíveis, mas também reforçar a cooperação internacional em um momento crítico para o enfrentamento das mudanças climáticas. A expectativa é que os governos cheguem a um acordo final até o encerramento da cúpula.
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