No terceiro trimestre de 2024, Pernambuco alcançou a maior taxa de desocupação do país, com 10,5%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD) divulgada pelo IBGE. Apesar do índice elevado, houve uma redução de 2,7 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2023, representando uma diminuição de 99 mil pessoas desocupadas no estado.
Com essa taxa, Pernambuco permanece acima da média nacional, de 6,4%, e da média do Nordeste, de 9,7%. Ainda assim, o número é o menor registrado no estado desde o quarto trimestre de 2015, quando a taxa ficou em 11,1%.
Emprego e informalidade
A população ocupada no estado foi estimada em 3,88 milhões de pessoas, um aumento de 6,5% (235 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. No setor privado, o total de empregados com carteira assinada permaneceu estável, em 1,12 milhão. Já o número de trabalhadores sem carteira assinada cresceu 32,4%, atingindo 743 mil pessoas, o que reflete a expansão da informalidade no mercado de trabalho.
A taxa de informalidade em Pernambuco alcançou 50% da população ocupada com 14 anos ou mais, o terceiro menor índice do Nordeste, mas ainda acima da média nacional de 38,8%.
Subutilização e desalento
A taxa composta de subutilização da força de trabalho, que inclui trabalhadores desocupados, subocupados e pessoas fora da força de trabalho, foi de 25,9% no estado. O percentual de desalentados, ou seja, aqueles que desistiram de buscar trabalho, sofreu uma redução de 2,5% no mesmo período.
Renda apresenta leve crescimento
O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos em Pernambuco foi estimado em R$ 2.312,00, representando um aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior. Apesar do avanço, o crescimento equivale a um acréscimo de apenas R$ 24,00 no salário médio do trabalhador.
Os dados refletem uma melhora no mercado de trabalho, embora o estado ainda enfrente desafios significativos, como a alta informalidade e a subutilização da força de trabalho.
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