A Polícia Federal (PF) finalizou uma investigação sobre uma suposta trama golpista planejada em 2022 durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. O objetivo, segundo os investigadores, seria manter Bolsonaro no poder mesmo após sua derrota nas eleições e, de forma extrema, assassinar o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O relatório conclusivo da PF, com 884 páginas, já foi encaminhado ao gabinete de Moraes, que deve analisar o documento nos próximos dias antes de enviá-lo ao procurador-geral da República, Paulo Gonet. A PGR terá a responsabilidade de decidir se apresentará denúncia contra Bolsonaro e outros investigados ou se pedirá o arquivamento do caso.
Outras investigações envolvendo Bolsonaro
Esta é a terceira vez que a PF aponta indícios de crimes envolvendo Jair Bolsonaro. Em julho de 2024, a corporação concluiu que o ex-presidente teria cometido peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso das joias recebidas como presente da Arábia Saudita. Em março, Bolsonaro foi indiciado por fraude no cartão de vacinação contra a Covid-19.
Apesar dos indiciamentos, a Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda não apresentou denúncias formais em nenhuma das investigações. Segundo fontes próximas, Gonet teria evitado ações contra Bolsonaro durante o período eleitoral para não interferir nas eleições municipais de 2024.
Próximos passos
Com o fim das eleições municipais, espera-se que investigações sensíveis envolvendo o ex-presidente avancem no STF. Caso a PGR decida denunciar Bolsonaro, o processo poderá marcar um novo capítulo na análise das condutas do ex-presidente. Até lá, todas as partes envolvidas aguardam a decisão de Gonet após a análise detalhada do relatório da PF.
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