Especialista alerta sobre os perigos da automedicação e a importância da conscientização para evitar consequências graves.
Desde sua introdução na década de 1940, os antibióticos revolucionaram a medicina ao reduzir significativamente as mortes por infecções. No entanto, o uso indiscriminado dessas substâncias e a crescente automedicação vêm gerando um problema global de saúde pública: o surgimento de bactérias super-resistentes, conhecidas como “superbactérias”.
Esses microrganismos, resistentes a antimicrobianos, tornam tratamentos ineficazes e representam um desafio crescente para médicos e pesquisadores. Segundo o clínico geral do Hospital Jayme da Fonte, Plínio Eulálio, o uso inadequado de antibióticos, como a interrupção do tratamento antes do prazo indicado, doses inadequadas ou ingestões fora dos horários prescritos, contribui para a seleção natural das bactérias mais resistentes.
Impacto global da resistência aos antibióticos
Um estudo publicado em 2024 pela revista científica The Lancet revelou que a resistência antimicrobiana pode causar diretamente mais de 39 milhões de mortes no mundo e estar associada a 169 milhões de óbitos entre 2025 e 2050. Paralelamente, uma pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), realizada no mesmo ano, apontou que 86% dos brasileiros entrevistados admitiram tomar medicamentos sem orientação médica.
“Todo medicamento que traz benefícios também pode apresentar efeitos colaterais. Quando uma pessoa utiliza uma medicação incorretamente, ela corre o risco de sofrer os efeitos adversos sem obter o benefício terapêutico”, alerta o Dr. Plínio Eulálio.
O especialista explica que o uso inadequado de antibióticos mata apenas as bactérias mais frágeis, permitindo que as mais resistentes continuem a se multiplicar. Esse fenômeno não apenas agrava as infecções como também dificulta o desenvolvimento de novos medicamentos eficazes contra essas bactérias.
O papel da conscientização e da vacinação
Para conter a disseminação das superbactérias, o clínico geral reforça a importância de evitar a automedicação e conscientizar a população sobre os riscos do uso inadequado de antibióticos. Ele também destaca a relevância da vacinação no controle de infecções. “Uma população vacinada tem menor incidência de doenças e reduz a gravidade de eventuais infecções, diminuindo a necessidade de uso de antibióticos”, concluiu.
Excelência no atendimento
O Hospital Jayme da Fonte, localizado no Polo Médico do Recife, se destaca pela qualidade no atendimento e na segurança do paciente. Reconhecido como o segundo maior polo médico do Brasil, o hospital recebeu o Selo Prata da Organização Nacional de Acreditação (ONA), atestando a excelência nos serviços prestados.
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