Governo alega "conspiração internacional" para justificar medida temporária O governo da Venezuela anunciou nesta sexta-feira (10) o fechamento temporário de sua fronteira com a Colômbia, alegando uma suposta "conspiração internacional" para desestabilizar o país. A medida foi anunciada poucas horas antes da posse de Nicolás Maduro para um terceiro mandato presidencial, cujo processo eleitoral é contestado pela oposição e por parte da comunidade internacional.
Segundo Freddy Bernal, governador do estado de Táchira, região que faz fronteira com a Colômbia, o bloqueio permanecerá em vigor até a próxima segunda-feira (13). “Temos informações de uma conspiração internacional para perturbar a paz dos venezuelanos. Por isso, por instruções do presidente Nicolás Maduro, estamos determinando o fechamento da fronteira com a Colômbia a partir das 5h de hoje até as 5h da manhã de segunda-feira", declarou Bernal.
A decisão ocorre em um momento de tensão política na Venezuela, com a posse de Maduro marcada por protestos e rejeição de setores da oposição que denunciam irregularidades no processo eleitoral. O governo não detalhou quais seriam as supostas conspirações nem divulgou evidências das alegações.
Contexto de tensão regional
A fronteira entre Venezuela e Colômbia, que já foi palco de disputas e bloqueios em anos anteriores, continua sendo uma zona estratégica e sensível para os dois países. O fechamento atual pode impactar o fluxo comercial e humanitário, que depende do tráfego regular entre os dois territórios.
A posse de Nicolás Maduro ocorre em meio à pressão internacional, com diversos países questionando a legitimidade de seu governo. Apesar disso, o presidente permanece no comando, apoiado por aliados como Rússia, China e Cuba.
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